CULTURA ORGANIZACIONAL

COMO DESENVOLVER A IDENTIDADE DA EMPRESA EM EQUIPES GEOGRAFICAMENTE DISTANTES.

O mundo corporativo está em constante mudanças e muitas empresas nascem envolvidas nesse cenário. Porém, o tema “pessoas” vem ganhando cada vez mais importância, pois colocar o cliente no centro do planejamento e decisões estratégicas tornou-se sine qua non.

E como falar das empresas sem colocar luz em um tema que vem ganhando força “CULTURA ORGANIZACIONAL”.

O que é isso, como construí-la ou mantê-la, quando vivemos um momento em que se ter equipes espalhadas pelo mundo é comum? Ou, como mantê-la quando forçosamente estamos em home office?

Cabe aqui então, entender o seu conceito. Gosto muito dessa definição:

“Cultura Organizacional pode ser caracterizada como uma série de normas, valores e atitudes que guiam o comportamento e os hábitos de todos os colaboradores. Ou seja, é uma estratégia de posicionamento de mercado que define a identidade da empresa, sendo usada como diferencial competitivo”.

Podemos dizer que cultura é a personalidade da empresa, calcada no propósito, princípios e valores.  Isso é traduzido diariamente nos comportamentos de todos frente as demandas, desafios e problemas que somos expostos no dia a dia.

Você como gestor, pode ter o cuidado de pensar em Cultura e direcionar os seus esforços para cria-la de acordo com o seu objetivo, porém, Se você não desenvolver a cultura de sua organização, ela se desenvolverá sozinha… e se isto acontecer, você estará assumindo um risco. – Monique Winston.

Após estabelecida ela é percebida através dos comportamentos dos profissionais. Segundo Carolyn Taylor, autora do best seller e da metodologia Walking the Talk:

“São os padrões de comportamento que são encorajados ou permitidos ao longo do tempo”.

No livro Cultura Organizacional e Liderança, o autor propõe que a cultura é formada como iceberg, com 3 níveis:

Artefatos: é tudo aquilo que é visto de imediato na empresa, suas principais características;

Normas e Valores: o que vemos e falamos. Ações que compartilhamos e que nos direcionam para ação.

Crenças: é o nível mais profundo. Na maioria das vezes não são expressos verbalmente e podem ser considerados “tabus”. Aqui entendemos o jeito que de fato a empresa faz acontecer e que muitas vezes não está aberto a discussão.

Frente a essas informações então, precisamos refletir a importância da Cultura na identidade da empresa, pois é fato, que elas andam de mãos dada.

Assim, alguns pontos são fundamentais que se tenha claro para a sua criação:

Objetivo da empresa qual o ponto de chegada da empresa? Qual o seu propósito e princípios? É possível se ter vários caminhos para se chegar em um local, mas quando ele não é definido, não importa qual o caminho você escolher, provavelmente não chegará em lugar algum. Esse objetivo está claro para todos os profissionais?

Comunicação sua empresa tem uma comunicação assertiva? Acreditar que no que é “obvio” é o caminho mais rápido para criar ruídos, principalmente quando estamos em ambientes distante. Entender quem é o seu público e como alcançá-lo fará toda diferença.

Liderança precisa ser o grande influenciador e vendedor da empresa. É ela quem fará a ponte entre empresa x profissional x cliente. Ela precisa acreditar no propósito para empolgar os demais, caso contrário, o feito será um time desacreditado. Ele muitas vezes representa a empresa, principalmente em grandes distancias e se ele jogar contra a possibilidade de se ter uma cultura ruim, é grande. Precisa ter o discurso alinhado com a prática, transmitindo seus valores em todas suas ações. Ter proximidade com seu time usando todas as tecnologias que têm a sua disposição e sempre que possível ter o contato presencial, pois nada substitui o calor humano. Ser honesto contigo e com os demais, estabelecendo uma relação de confiança, compartilhando os bons e maus resultados, afinal também aprendemos com os nossos erros.

Empatia colocando o chapéu do outro na sua cabeça fica mais fácil entender como, quando e onde podemos melhorar as nossas ações, pois o principal ativo da empresa são as pessoas, com certeza as ouvindo, conseguiremos traçar rotas mais assertivas.

É importante também refletir que em um mundo VUCA, onde transformações e incertezas são constantes, o tema CULTURA precisa se adaptar sempre que necessário.

Já atendi alguns clientes que se manteve no jeito “certo de fazer”, sem se atentar as mudanças e levaram suas empresas a morte. Alvin Toffler tem uma frase que representa bem esse processo:

“Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”.

Em 2019 a McKinsey divulgou uma pesquisa com alguns pontos relevantes para ajudar as empresas no processo de transformação:

Descubra a origem de certos mindset e reformule-os:

É importante saber qual é o seu novo objetivo e a partir daí, reorganizar suas ações e comportamentos, entendo quais impactos teve e deseja ter. Aqui trabalhamos as crenças, a mudança de comportamento para se reinventar e sair da vala comum, e de forma rápida.

Ajuste o trabalho para criar uma experiência coerente dos colaboradores

Quatro fatores podem levar a mudança de mindset: um modelo convincente, uma liderança bem estruturada, a construção de habilidades através de treinamentos assertivos, readequação de processos e recompensas de acordo com o seu público interno.  O equilíbrio e harmonia entre esses fatores além de trazer uma experiência que contribui para o desenvolvimento da equipe e da empresa, também acelera o movimento de transformação.

Crie oportunidades para os indivíduos superarem as barreiras à mudança

É fato que para o processo de mudança acontecer é necessário se ter VONTADE, porém, sabemos que é um grande desafio. Diante disso, é fundamental a empresa criar ambiente colaborativo onde as pessoas possam expressar suas dificuldades e se sintam aceitas e não julgadas. Permitir um ambiente onde é possível fazer escolhas conscientes entendendo as consequências delas dentro do cenário que estão inseridos.

Enfim, criar uma cultura ou alterá-la, demanda vontade, energia, foco e muita resiliência, além de acreditar no ser humano como o fator mais valioso da sua empresa. Então, vamos começar?

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